terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Desperte seu Discernimento

O monge zen todas as manhãs praticava seu tai chi chuan e, após, atendia aos clamores de quem vinha lhe pedir socorro. A menina assustada rogava ajuda para os pais que brigavam. “Tome esta vara e bata neles quando começarem a brigar”.

A jovem apaixonada e desprezada, caindo em lágrimas, pedia um lenitivo. “Tome esta vara e bata nele”.

O homem que já não aguentava os credores batendo em sua porta e exigindo o pagamento das dívidas pedia uma solução. “Tome esta vara e bata neles”.

A mulher que tinha um filho ladrão, dizia já não saber o que fazer. “Tome esta vara e bata nele”.

Nenhum deles contestou a orientação. Até que chegou um jovem, dizendo que queria ser monge. “Tome esta vara e bata em mim”.

O jovem depositou a vara no chão, deu as costas, dispondo-se a seguir seu caminho, quando escutou: “Está aprovado, pode entrar”.

Nem tudo que nos aconselham é prudente seguir. Há casos em que devemos proceder exatamente ao contrário do que nos dizem. Sua mente passa a ser soberana, quando aprende a decidir por si mesma. Se tiver que ouvir uma opinião, ouça dez opiniões diferentes e depois vá refletir. Ouvir não significa obedecer ou seguir, mas ponderar, ajuizar e encontrar a sua própria maneira de ser, estar e acontecer.

(Nilsa Alarcon e J. C. Alarcon, extraído do livro ainda em edição “A Moringa Mágica”).

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